Nucleoplastia - Dr. Caio Vieira


Nucleoplastia


Nucleoplastia

A nucleotomia e a nucleopastia discal tem o intuito de reduzir parcialmente o disco vertebral quando este é a causa da dor, estimulando a estabilização do processo degenerativo e reduzindo a compressão neurológica peridiscal. Procura-se atingir apenas a parte interna do disco, o núcleo pulposo, tentando preservar ao máximo a camada externa do mesmo. Existem diversas técnicas que podem ser realizadas para atingir esse objetivo:

nucleotomia por radiofrequência;

cauterização discal por frio;

remoção mecânica parcial do disco por pinças e endoscopia;

Resultado de imagem para nucleoplastia coluna

     

Algumas situações e patologias que acometem a coluna são candidatas a este procedimento e por não agir nas demais estruturas da coluna ela tem como premissa a tentativa de preservar a anatomia e função local. As doenças mais comumente tratadas com essa técnica são as doenças intrínsecas do disco, como a doença degenerativa discal (DDD) e a hérnia de disco, quando não causam outras alterações, como instabilidades, estenoses, espondilolisteses e deformidades.

     

As diversas técnicas apresentam resultados e características semelhantes. Geralmente realiza-se sob sedação leve ou anestesia local, com o procedimento sendo realizado em “caráter ambulatorial”, ou seja, o paciente realiza o procedimento e tem alta no mesmo dia. A internação por um dia para a analgesia pode ser necessária, porém não é frequente.

 

O instrumental é introduzido na coluna através de uma agulha ou de um pequeno orifício introdutório. Ele é guiado através de exames de imagem (radioscopia) e após o posicionamento adequado dentro do disco é realizada a nucleotomia, ou nucleoplastia. As técnicas diferem no modo como o disco é reduzido:

• Radiofrequência: o disco nessa situação é submetido a uma corrente elétrica que aumenta a temperatura intradiscal e encolhe os discos, eliminando terminações nervosas adjacentes;

• Cauterização por frio: o disco é submetido a um instrumental que reduz muito a temperatura, provocando o congelamento do disco e o seu encolhimento e lesão;

• Remoção mecânica por endoscopia: através de cirurgia endoscópica o material intradiscal é removido com pinças e instrumentais muito pequenos e delicados, que permitem uma remoção guiada e controlada do material doente.

     

Por se tratar de procedimento percutâneo os riscos de sangramento são muito pequenos. Realiza-se exames de sangue para avaliar riscos de sangramento e orienta-se o controle de medicações que causem hemorragia.

     

As lesões dos nervos podem ocorrer, uma vez que o disco apresenta grande proximidade com os nervos da coluna. Essa lesão pode ser temporária ou irreversível, com fraqueza e perda da sensibilidade do nervo acometido. Em casos graves na região cervical pode ocorrer lesão da medula, evoluindo o paciente com tetraplegia. É importante salientar que esses riscos neurológicos são extremamente raros, sendo esse procedimento considerado seguro.

 

As infecções podem acometer qualquer cirurgia. Bactérias da pele do paciente, bem como bactérias já existentes em outros órgãos (na urina e em secreções pulmonares por exemplo), podem “aproveitar” o procedimento e contaminar a região.

 

É importante a avaliação médica caso a caso, para a indicação adequada do procedimento, assim como a avaliação dos riscos e benefícios, e as medidas que pode-se tomar para evitar as complicações decorrentes do ato cirúrgico. Esses procedimentos são recentes e ainda apresentam estudos conflitantes, assim não é possível garantir uma resposta plena ao tratamento realizado, sendo observados nos estudos uma melhora de até 70 %, podendo haver recidivas. A indicação deve ser realizada caso a caso, por médico especialista e em acordo com as convicções da equipe e do paciente.

  

Fonte:

  • Ablative Treatment for Spinal Pain: Medical Policy (Effective 04/01/2012)
  • DISCOGENIC PAIN TREATMENT: Medical Policy
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