Problemas na coluna afetam mais da metade dos profissionais da beleza - Dr. Caio Vieira

Problemas na coluna afetam mais da metade dos profissionais da beleza


Problemas na coluna afetam mais da metade dos profissionais da beleza

Testes realizados pelo Instituto de Ortopedia do HC revelam que 59% dos cabeleireiros sentem dor na coluna vertebral

Seja por vaidade ou por necessidade, de tempos em tempos todo mundo vai a um salão de beleza. Mas enquanto profissionais dessa área cuidam de seus clientes, acabam descuidando da própria saúde. Estudo feito no Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas da FMUSP, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, revela que 59% dos profissionais testados sofrem com dores na coluna, 47% nos membros superiores e 27% nos membros inferiores.

Horas de pé não sobrecarregam tanto as pernas quanto escovar os cabelos da clientela. Há uma maior incidência de dores na coluna e nos braços do que nos membros inferiores, e são as mulheres as que mais se queixam, “talvez por serem maioria na profissão”, diz a fisiatra Júlia Greve.

As dores nas costas e de membros superiores não têm relação com o peso e índice de massa corporal, mas estão relacionadas ao sedentarismo. Os profissionais que praticam alguma atividade física sentem menos dor, em comparação aos indivíduos que não fazem exercício.

O número de horas trabalhadas na semana também influencia nas dores músculo-esqueléticas sentidas por cabeleireiros e manicures. Os que trabalham mais que 50 horas semanais sofrem mais dores. A lombar e os ombros também sentem o peso dos anos de profissão, os profissionais que estão no mercado a mais de quatro anos se queixam mais que os iniciantes.

“A pesquisa feita com profissionais da área aponta para a ergonomia da atividade (tempo de trabalho e movimentos utilizados e repetitivos) como um fator importante na origem das dores músculo-esqueléticas referidas (coluna e membros superiores) e também a falta de um programa de exercícios adequados às necessidades específicas da profissão, visto que ainda que a atividade física diminua a queixa de dor, não previne completamente”, conclui Júlia.

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